Tarsila do Amaral (Capivari, 1 de setembro de 1886 — São Paulo, 17 de janeiro de1973) foi uma pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino Borges. Mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons. Em 1920, viaja a Paris e frequenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na Academia de Émile Renard.
Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Numa confeitaria paulistana, foi apresentada porAnita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco (Arte Moderna Brasileira).
Em janeiro de 1923, na Europa , Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o casal viajou por Portugal e Espanha. De volta a Paris, estudou com os artistas cubistas: frequentou a Academia de Lhote, conheceu Pablo Picasso e tornou-se amiga do pintor Fernand Léger, visitando a academia desse mestre do cubismo, de quem Tarsila conservou, principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano
Tarsila do Amaral já foi retratada como personagem no cinema e na televisão, interpretada por Esther Góes no filme "Eternamente Pagu" (1987), Eliane Giardini nas minisséries "Um Só Coração" (2004) e "JK" (2006).
A artista também foi tema da peça teatral Tarsila, escrita entre novembro de 2001 e maio de 2002 por Maria Adelaide Amaral. A peça foi encenada em 2003 e publicada em forma de livro em 2004. A personagem-título foi interpretada pela atriz Esther Góes e a peça também tinha Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Anita Malfatti como personagens.
Tarsila do Amaral foi homenageada pela União Astronômica Internacional, que em 20 de novembro de 2008 atribuiu o nome "Amaral" a uma cratera do planeta Mercúrio.[1]
Em 2008, foi lançado o Catálogo Raisonné Tarsila do Amaral, uma catalogação completa das obras da artista em três volumes, em realização da Base7 Projetos Culturais, com patrocínio da Petrobras, numa parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Governo do Estado de São Paulo.
Obras
- Pátio com Coração de Jesus (Ilha de Wright) - 1921
- A Espanhola (Paquita) - 1922
- Chapéu Azul - 1922
- Margaridas de Mário de Andrade - 1922
- Árvore - 1922
- O Passaporte (Portrait de femme) - 1922
- Retrato de Oswald de Andrade - 1922
- Retrato de Mário de Andrade - 1922
- Estudo (Nu) - 1923
- Manteau Rouge - 1923
- Rio de Janeiro - 1923
- A Negra - 1923
- Caipirinha - 1923
- Estudo (La Tasse) - 1923
- Figura em Azul (Fundo com laranjas) - 1923
- Natureza-morta com relógios - 1923
- O Modelo - 1923
- Pont Neuf - 1923
- Rio de Janeiro - 1923
- Retrato azul (Sérgio Milliet) - 1923
- Retrato de Oswald de Andrade - 1923
- Autorretrato - 1924
- São Paulo (Gazo) - 1924
- A Cuca - 1924
- São Paulo - 1924
- São Paulo (Gazo) - 1924
- A Feira I - 1924
- Morro da Favela - 1924
- Carnaval em Madureira - 1924
- Anjos - 1924
- EFCB (Estrada de Ferro Central do Brasil) - 1924
- O Pescador - 1925
- A Família - 1925
- Vendedor de Frutas - 1925
- Paisagem com Touro I - 1925
- A Gare - 1925
- O Mamoeiro - 1925
- A Feira II - 1925
- Lagoa Santa - 1925
- Palmeiras - 1925
- Romance - 1925
- Sagrado Coração de Jesus I - 1926
- Religião Brasileira I - 1927
- Manacá - 1927
- Pastoral - 1927
- A Boneca - 1928
- O Sono - 1928
- O Lago - 1928
- Calmaria I - 1928
- Distância - 1928
- O Sapo - 1928
- O Touro - 1928
- O Ovo (Urutu) - 1928
- A Lua - 1928
- Abaporu - 1928
- Cartão Postal - 1928
- Antropofagia - 1929
- Calmaria II - 1929
- Cidade (A Rua) - 1929
- Floresta - 1929
- Sol Poente - 1929
- Idílio - 1929
- Distância - 1929
- Retrato do Padre Bento - 1931
- Operários - 1933
- Segunda Classe - 1933
- Crianças (Orfanato)- 1935/1949
- Costureiras - 1936/1950
- Altar (Reza) - 1939
- O Casamento - 1940
- Procissão - 1941
- Terra - 1943
- Primavera - 1946
- Estratosfera - 1947
- Praia - 1947
- Fazenda - 1950
- Porto I - 1953
- Procissão (Painel) - 1954
- Batizado de Macunaíma - 1956
- A Metrópole - 1958
- Passagem de nível III - 1965
- Porto II - 1966
- Religião Brasileira IV - 1970
fonte: wikipedia
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